Mulheres arretadas do nosso Rio Grande do Norte.
O Rio Grande do Norte é um dos estados do Nordeste brasileiro que mais impressiona pela quantidade de incríveis belezas naturais como praias, serras e lagoas que encantam. Dentre essas riquezas destaca-se nosso povo acolhedor, simples e lutador em suas mais diversas formas de luta. Somos abençoados por mulheres fortes e guerreiras, que com suas mãos, força e determinação escreveram os mais belos capítulos de nossa história. Com isso, destacamos aqui algumas delas que deixaram um legado que hoje serve de exemplo para nosso povo. E que fizeram, e ainda fazem, a história do RN. Elas inspiram e estimulam as gerações atuais e futuras. Celina Guimarães - A primeira mulher brasileira a votar. No registro do dia 05 de abril de 1928, na cidade de Mossoró, 280 km de Natal, depois que a lei que impunha a distinção de gênero para o sufrágio foi derrubada, de forma pioneira, no Rio Grande do Norte.
Nísia Floresta - Educadora, escritora e poetisa, Nísia foi também foi uma das pioneiras do feminismo na América Latina. Ela já se dedicava a textos sobre a emancipação feminina e igualdade de gênero no século XIX. Ela também foi uma das primeiras mulheres a escrever para jornais.
Auta de Souza - Poeta da segunda geração romântica, conhecida pelo enorme talento. Câmara Cascudo referiu se a ela como “ a maior poetisa mística do Brasil”. Morreu aos 25 anos de doenças pulmonares, mais deixou um belo legado literário para o Rio Grande do Norte e para o Brasil.
Clara Camarão - Pertencente da tribo dos potiguares, Clara Camarão chefiava as mulheres guerreiras. Proibida de lutar junto com o seu marido, o índio Felipe Camarão, ela formou um pelotão feminino e liderou o grupo de guerreiras e ajudou a expulsar os holandeses do Rio Grande do Norte. Foi tida como uma das heroínas da batalha. Era conhecida pela sua bravura e ousadia e pela capacidade de liderança
Dona Militana – Nascida em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal, é considerada a maior romanceira do Brasil. Ela cantava de memória as canções que aprendeu do seu pai Atanásio Salustiano do Nascimento, são histórias da cultura medieval ibérica, história de reis, rainhas e príncipes, uma referência no folclore brasileiro. Em 2005 foi premiada com a comenda máxima da cultura popular, concedida pela presidência da República.
Debora Seabra – Primeira pessoa com síndrome de Down no Brasil a entrar no magistério. Trabalhou como professora por 16 anos, lançou um livro de fábulas infantis chamado “Debora conta histórias”, recebeu vários prêmios e diversas homenagens, dentre as quais se destacam o Prêmio Darci Ribeiro de Educação, Prêmio Brasil Mais Inclusão, Prêmio Revista Cláudia, entre outras. Dentre as muitas homenagens destaca-se a Medalha Dinarte Mariz do Tribunal de Contas do RN e Medalha Tiradentes, concedida pela Assembleia Legistativa do Rio de Janeiro. Palestrou em muitas cidades do Brasil e países como Argentina, Portugal e nos Estados Unidos, inclusive na ONU em Nova Iorque. Foi escolhida para carregar a Tocha Olímpica e foi escolhida como mensageira na Paraolimpíada, representando o Nordeste. Hoje é um verdadeiro exemplo para todo mundo.